sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Christus nos Liberavit


Que vem a ser esta história de Fantine? É a sociedade comprando uma escrava.


De quem? Da miséria.


Da fome, do frio, do isolamento, do abandono e da nudez. Doloroso contrato. Uma alma por um pedaço de pão. A miséria oferece, a sociedade aceita! A sagrada lei de Cristo governa a nossa civilização, mas ainda a não penetrou; dizem que a escravidão desapareceu da civilização europeia; é um erro. Existe como dantes, mas não oprime senão a mulher e chama-se prostituição.


A escravidão pesa sobre a mulher, isto é, pesa sobre a sua graça, Sobre a sua fragilidade e beleza, sobre a sua maternidade. Este facto não é decerto uma das menores vergonhas do homem.


No ponto a que chegámos deste drama doloroso, nada resta a Fantine do que outrora foi. Tornou-se mármore, convertendo-se em lama. Quem a toca sente frio. Segue o seu caminho, suporta-vos e ignora quem sois; é a figura severa da desonra, a criatura conspurcada, a quem a sociedade disse a derradeira palavra.


Aconteceu-lhe já tudo o que lhe há-de acontecer ainda.


Sentiu tudo, suportou tudo, experimentou tudo, tudo sofreu, perdeu e chorou. Resignou-se, com aquela resignação que se assemelha à indiferença, como o sono se assemelha à morte. Já não teme nada, não evita coisa alguma, cai sobre ela todo o aguaceiro, passa sobre ela todo o oceano. Que lhe importa? É uma esponja embebida.


Assim o julgou pelo menos. Mas é um erro imaginar que se chega ao termo da carreira marcada pelo destino e que se toca o fundo de qualquer coisa.


O que são, porém, estes destinos impelidos em tal confusão? Aonde vão? Porque são eles assim?


Aquele que o sabe, penetra todas as trevas.


É um só. Chama-se Deus.


Os Miseraveis, Victor Hugor


Sem sombra de duvida, Os Miseráveis de Victor Hugo, é um excelente livro, nele conhecemos a historia de Jean, um ex-detento, que muda de vida, graças a uma pessoa, Monsenhor Bienvenu.


Como o próprio Jean diz “Não existem, homens maus, existem maus cultivadores” talvez com essa frase você lembre de Rousseau, com sua teoria do bom selvagem, que de certa forma é atacada pelos sensos Teológicos, mas não quero aborda se o Homem é essencialmente mau ou não. Prefiro, por enquanto, mostrar o que a miséria faz com o Homem, o que ela leva o Homem a fazer.


Quem já leu Os Miseráveis sabe que Jean Valjean foi condenado a 19 anos de prisão por roubar um pão, pois o mesmo passava fome, não que o fato da fome justifique o ato, mas ele passava fome. Outro exemplo e Fantine, que fez se prostituta, para sustenta sua filha, Cosette, mas uma vez a situação não justifica o ato, mas ela era uma miserável.


Nós como cristãos devemos nos preocupa com os nossos semelhantes, nós devemos honrar o nome de quem professamos.


Pessoas as quais consideramos errantes, mundanas, ímpios, podem mudar. Na obra Os Miseraveis temos por exemplo Jean que em momentos julgava Deus por sua Miséria, “julgou a Providência que criou a sociedade”, segundo alguns ele poderia esta pecando contra o espírito santo, mas Jean mudou, graças ao já citado Monsenhor Bienvenu, que era um padre da cidade de Myriel, esse padre dedicava-se aos desfavorecidos. Jean muda e vira Madeleine, um pseudônimo criado pelo próprio Jean. Jean consegue criar uma fabrica a qual empregava muitos em Montreuil-sur-Mer, Jean construiu escolas, ampliou o Hospital local, disponibilizou parte de seu dinheiro aos menos favorecidos, e passou a confiar em Deus, um mudança grande, não.


Mesmo sendo ficção, podemos tirar lições e pensamentos interessantes como “As cidades produzem homens ferozes, porque produzem homens corruptos.” levando em consideração essa frase percebemos e o pensamento de Rousseau, podemos afirma que a sociedade corrompe o Homem, não que esse seja bom de essência, mas o meio pode corromper ou pode reforma, o meio pode ajudar na perdição ou na salvação, isso não é regra, mas é comum que seja desse modo, o meio segundo a estética Naturalista é um dos fatores que influenciam o Homem, se o meio tem esse poder todo, porque não levar o meio cristão as pessoas a seu redor? Outro ponto a se destacar é: a bondade é cíclica, é natural que uma pessoa que recebeu um pouco de bondade, recebeu as sementes do Amor e da verdade, crescer e produzir mais sementes e distribuí-las. Um ciclo, da mesma forma que afirmam que o pecado é um ciclo eu afirmo, a bondade, o Amor, a fraternidade também são um ciclo, uma vez que germinam e crescem, produzem frutos. Lembras da parábola do semeador? Então porque não continuar esse ciclo, ou até começá-lo em seu meio? Como o titulo dessa postagem afirma Cristo nos libertou, não somos mais escravos do pecado, somos livres assim como Jean ao sair da prisão, nos devemos nos lembrar de quem é o credito de nossa liberdade, agradecê-lo e segui-lo.


Que Iesus Christos, esteja com você.

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